De boca em boca

Ela é menina da vida
Que veio ao mundo já falida.
Venha com calma ou furor
Seja lá como for,
Despida de pudor.

Ela nasceu na rua
E por aí anda nua
É a poesia vadia
Nossa de cada dia.

Luxúria

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Esculpida pelo mundo
Em traço, linha e simetria
Bela é a anatomia
Do desejo em que me afundo.
.
As ancas, suave curvatura
Levam-me intrépidas à loucura
E nos seios, pequenos e rijos,
Moram meu acalento e regozijo.
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As pernas, longas e lânguidas
Desafiam em constante plexo
A placidez do meu sexo.
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E ao dirigir-me simples sorriso
De repente, paraliso.
Calo, enfim, perplexo.
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*Agradecimentos a Fábio "Rosk" por ter dado um título ao poema.