Diego C.
À beira do mar aberto. Onde a água assume uma cor castanho-esverdeada, inesperada. Que abismos aguardam além do limite branco da espuma? Buracos negros dos meus olhos submergindo nos teus. Falta ar. Uma lucidez insuportável. Não há tempo de fugir, se debater, tentar respirar. Quando se vê, aquela coisa estranha queimando no peito, inundando o corpo inteiro. Um suspiro tornaria a vida impossível. Um beijo apenas, desnortearia os sentidos.
Águas não pacíficas. Meu corpo exita na fantasia do teu - pleno e vasto; minha paz ou um sufoco a mais? Prudência e mistério - meus medos do que ainda não sei. Um impasse, um dilema. Estímulo para mergulhar ou correr; prosa poética ou poema.
Sentimentos anônimos. Nossas almas ainda não foram batizadas e o nome que carrego tem a voz dos nossos silêncios. Eu te amo, eu te quero tanto; eu te... Dizeres que morrem no ar. O oceano testemunha o pudor, a agonia de ser clichê.
Eu tenho medo de (a)mar. Eu não sei nadar. Eu só me entrego. [Água clara; batismo. Aprendi a dizer teu nome e a te dizer meu]. Encho os pulmões com o ar que guarda minhas palavras não ditas - o mar, amar. Rumo ao porto ou ao naufrágio, me deixo mergulhar.
5 Comments:
"Será, Morena?
Sobre estar só, eu sei
Nos mares por onde andei
Devagar
Dedicou-se mais
O acaso a se esconder
E agora o amanhã, cadê?
Doce o mar, perdeu no meu cantar"
bem bacana seu texto!
e como comentei com alex. não tem como não ser clichê quando se ama.
=D
A verdade é que quando se ama é mais brega do que clichê!
aiuiuah
Te amo, Mel!
Esse comentário de cima foi escrito por mim, Diego!
aiuaiuaa
Belo texto, belo amor...
E sem clichês... Puro e simples! E assim deveriam sentir mais um infinito de almas...
Agradeço pelo poema deixado no meu blog!
E... obrigada por amar tão lindamente!
=D
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